Cena do filme Calígula (Brass, 1979) |
A frase título desta postagem está citada como epígrafe no site do cineasta italiano Tinto Brass, cujo filme de maior sucesso é Calígula (1979). Para ele, o erotismo está para a pornografia assim como a felação está para o "boquete", sendo portanto uma questão semântica.
Tanto no cinema quanto na literatura, supor que o erotismo visa somente excitar equivale a confundi-lo com pornografia pura e simples. A fronteira entre um e outro, porém, é tênue e vale a pena ser pensada, além de intensamente vivida pelos nossos corpos ávidos por prazer.
Um artigo publicado este mês de agosto na Revista Universitária do Audiovisual (RUA/UFSCAR) desenvolve este tema polêmico, citando não só Tinto Brass como também o poeta José Paulo Paes:
(…) a literatura erótica, conquanto possa eventualmente suscitar efeitos desse tipo (excitações) não tem neles a sua principal razão de ser. O que ela busca, antes e acima de tudo, é dar representação a uma das formas da experiência humana: a erótica. (Poesia erótica em tradução de José Paulo Paes. São Paulo, Companhia das Letras, 2006)
A seguir o link para o artigo de André Renato. Confiram!
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