quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O FURTO DO TELEFONE CELULAR


Sou uma mulher muito gostosa! Tesuda mesmo, mas não vou começar com aquelas descrições típicas de sites de contos eróticos, em que os personagens são sempre mulheres boazudas e homens irresistíveis. Acredito que o quê conta é a fantasia despertada, posto que, quem lê se excita é pensando em quem deseja, ainda que seja alguém inacessível ou que ficou no passado. Mesmo contaminado pelas impecáveis características físicas, o leitor goza é com a ideia de gozar da liberdade que a fantasia cria. No limite, assim como nos romances juvenis, a caracterização dos aspectos psicológicos, e não os físicos, é que nos envolve. Portanto, basta dizer que sou muito gostosa e relatar os fatos.
Trabalho numa empresa onde a maioria dos funcionários é do sexo masculino. Bastante assediada pelos homens, sou do tipo de mulher simpática e bem humorada, porém não me envolvo com pessoas do ambiente de trabalho. Namorei os últimos cinco anos e nunca trai, mas terminamos há quase cinco meses. Até o momento, quando ocorreu o que vou narrar, nunca tinha me relacionado sexualmente com meus colegas de trabalho nem com diretor algum. Já recebi propostas das mais indecorosas, desde uma rapidinha na sala de reuniões durante o expediente até um possível encontro em que eu receberia uma quantia bem alta para transar em sigilo com algum homem casado e carente. Confesso que a possibilidade de ganhar muito dinheiro por uma transa tenha já me tentado, afinal gosto de sexo e já transei sem receber nada em troca, quando na verdade mereceria ao menos um tratamento mais refinado: presentes, flores, vinhos, jantares bons e o protocolar telefonema no dia seguinte. Só não me tornei prostituta porque recebi uma boa educação moral dos meus pais e porque tenho um excelente diploma de curso superior. Apesar disso, não vou mentir que nunca fantasiei ser uma garota de programa, mas não passou de fantasia.
Fora isso, ando cansada de homens machistas que tratam as mulheres como objetos. Poxa! Passo horas malhando duro e faço dieta para ficar com este corpinho, frequento piscinas, praias e cachoeiras para obter estas marquinhas de bronzeado, trato dos dentes, cabelos e da pele, uso perfume importado, faço unhas, depilação e compro lingeries caras. Em suma: gasto quase tudo que ganho no meu trabalho para ser este pitéu todo e me revolto se um homem tem o desplante de me desdenhar. Cruz credo, chegam a ser deselegantemente atrevidos os homens de hoje em dia com esta mania de procurar sexo por distração. Pra cima de mim não mais! Quero homem que dê atenção aos meus sentimentos, por isso desde que meu último relacionamento acabou, decidi não me envolver mais com homens. Às vezes, penso em experimentar uma relação homo afetiva, mas falarei disso depois.
Estava há exatos quatro meses e quinze dias sem ter contato íntimo com pessoa alguma. Tornei-me até indiferente para com os homens, mas eles parecem ver nisso um desafio e me assediam cada vez mais. Não sucumbir a assédio em momento de carência é uma atitude heroica, mas a gostosa aqui estava se saindo bem até que, na semana passada ocorreu um fato inusitado.
No meio da tarde de uma segunda feira, fui até o café do meu departamento portando meu celular nas mãos e o deixei sobre o balcão. Vários homens tomavam café no momento e, como de costume, fui cortejada publicamente por algum imbecil e todos demos risadas. Ao voltar à minha sala senti falta do aparelho e voltei imediatamente à cozinha, certa de encontrá-lo. Não o achando onde acreditava estar e a fim de localizá-lo, liguei de um fixo para meu próprio número e ouvi a mensagem de que o mesmo encontrava-se desligado. Fui furtada dentro do meu trabalho, entre colegas com os quais convivo há anos, e isso me contrariou muito. Obviamente fiz alarde e todos souberam do fato. Houve até Boletim de Ocorrência, mas nada de ter meu celular de volta. Eu tinha certeza que quem me furtou era um tarado que queria ver minhas mensagens e fotos na esperança de saber algo da minha intimidade. Esta ideia me deixou furiosa!
No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida decorrente da preocupação de não ter despertador em casa, um dos colegas foi excepcionalmente atencioso. Além de se oferecer para me trazer um café em minha sala, ele disponibilizou sua agenda caso eu quisesse anotar o número de algum conhecido em comum. Falamos sobre o sentimento de invasão de privacidade e sobre o transtorno de cancelar a linha e perder todos os contatos. Nunca tínhamos conversado sobre assuntos que não fossem profissionais, mas eu sempre achei que ele era de longe o cara mais interessante da empresa. Cheiroso, bem vestido, raramente de mau humor, tipo atlético, ciclista, frequentador de academia, loiro e de olhos azuis, boca vermelha e rosto cheio de sardas. Os comentários no banheiro feminino davam conta de que ele namorava a mesma mulher há anos e que não fazia o estilo galinha, apesar de assediado. O cara mais gato e sério do meu trabalho estava ali, sentado numa cadeira ao lado da minha, despojado, como se fossemos colegas de faculdade.  Não pude deixar de reparar no azul de seus olhos, nem no cós da cuequinha Calvin Klein que ele exibiu ao levantar vagamente a camisa. Voltamos cada qual aos seus afazeres e fiquei surpresa quando, ao fim do dia, ele me convidou para uma bebida. Normalmente não teria aceitado, mas estava ainda contrariada e, sendo ele tão atencioso, achei que me faria bem distrair em boa companhia. Foda-se se os homens são toscos, foda-se se são uns ogros, foda-se minha desilusão com o gênero; sai com o cara loiro de olhos azuis depois do expediente e fomos tomar umas!
Após meia dúzia de cervejas, umas doses e uns petiscos, ele me acompanhou até o carro. Despedimos com um beijo no rosto, mas quando me virei para abrir a porta do carro senti seu corpo me roçando, na altura do quadril. Fiquei imóvel, de costas para ele que, por sua vez, pressionou mais ainda o corpo contra o meu. Senti sua ereção por baixo da calça e me lembrei do cós da sua Calvin Klein, logo abaixo de um abdômen sarado. A embriaguez se misturou com excitação e eu não reagi. Ele seguiu em movimentos lentos, porém firmes. Esfregava-se em minha bunda, já com os braços em torno de mim e as mãos apoiadas no carro. Ele abaixava um pouco e vinha subindo, erguendo levemente meus quadris com a energia de sua ereção. Ele ousou ainda enfiar uma das mãos por baixo do meu vestido, afastou a calcinha para o lado e enfiou dois dedos dentro da minha vagina fazendo movimentos de “vem cá”. “É aqui que quero passar este resto de noite, dentro dessa buceta gostosa”, disse ele ao meu ouvido enquanto continuava a invasão. Pensei que fôssemos trepar em pé ali na rua, a poucos metros de um bar movimentado, mas ele abriu a porta do carro e se sentou. Olhou em volta e, não havendo ninguém por perto, tirou para fora da calça o seu pau delicioso. Era mesmo irresistível e eu quis chupá-lo. Ele segurou minha nuca, depois enrolou meus cabelos em seus dedos, e quase me sufocou contra seu pau algumas vezes. Ele dava o ritmo e eu obedecia, com cuidado para não machucá-lo. Escutava seus gemidos cada vez mais intensos e engolia até onde suportava aquela vara tesuda, prestes a ejacular. Puxando-me para dentro do carro e fechando a porta, ele me beijou a boca enquanto me apertava os seios e a bunda. Os beijos foram descendo pelo pescoço até os bicos dos seios, depois vieram mordidinhas, lambidas e mamadas. Segurei seu pau e comecei a bater uma punheta bem carinhosa nele, completamente esquecida de que estávamos dentro de um carro em via pública. As alças do meu vestido estavam lá embaixo e o sutiã jogado em algum lugar. Então, ele tirou minha calcinha sem me tirar os sapatos, tomou seu membro em uma das mãos e o exibiu. Ambos ficamos olhando com admiração as veias estufadas de seu cacete. “Posso meter ele em você?”, sussurrou. O safado nem esperou minha resposta, foi logo tirando uma camisinha do bolso e a vestiu. Eu estava bem molhadinha, louca para dar a buça bem gostoso e não podia esperar mais. Sentei-me em cima dele e comecei a cavalgar... Esfregava meus seios em sua boca para ser chupada e me requebrava toda naquele pau que me preencheu todinha. Ficamos um bom tempo assim e eu tive um pequeno gozo, mas queria mais. Ele pediu que eu inclinasse o banco do carro e em seguida me colocou deitada. Abriu minhas pernas, se contorceu para passar a língua na minha buceta, e se deitou sobre mim para me comer alternando estocadas rápidas com movimentos mais penetrantes. Ele me comeu maravilhosamente bem, o quanto quis, e eu gozei de novo por baixo dele. Senti sua aceleração e logo ouvi seu gemido mais rouco.
Estávamos, enfim, satisfeitos. Depois de um tempo para nos recompor e nos vestirmos, ele saiu do carro e pediu que eu o esperasse. Foi até seu carro que estava pouco a frente e de lá voltou com um embrulho nas mãos. Nossa! Ele estava ainda mais bonito, com os cabelos despenteados e as bochechas muito rosadas. Nunca mais conseguiria olhar pra ele sem me lembrar da cuequinha Calvin Klein, ou das inúmeras sardas que traz nos ombros. Aliás, queria ter tempo com ele numa cama para poder dar um nome a cada sarda de seus ombros e, depois de ser íntima, daria um apelido carinhoso a cada pintinha de seu corpo. Sempre achei sexy pele com sardas. Estava pensando nisso quando ele estendeu a mão com o embrulho. “Se quiser que eu te ligue amanhã, vai precisar de um telefone novo”, disse num tom enigmático. “O que é isso?”, exclamei ao abrir. “Um iPhone!”, ele disse secamente. “Sei que é um iPhone, mas o que significa isso?”. Ele disse que era um “presentinho para amenizar os transtornos decorrentes do furto do dia anterior”. Já cansada e para evitar bate boca, aceitei o aparelho a título de empréstimo e nos despedimos.
Ao chegar em casa, curiosa para saber como funciona um iPhone, liguei o aparelho. Havia uma mensagem de boas vindas que dizia o seguinte: “Você nunca me deu seu telefone e eu sempre te achei linda. Aceite meu pedido de desculpas”. Para minha surpresa, ao mexer no ícone “telefone” encontrei todos os meus contatos, todos! Filho da puta!!! O chip do iPhone era o mesmo que estava no meu celular antigo.                   
  
               

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