quarta-feira, 24 de abril de 2013

Confissões de uma leitora


Sobre o texto publicado neste blog com o título "A Língua Lambe ou a Milenar Arte de Lamber Buça", uma leitora fez o seguinte comentário que publico na íntegra:

"É verdade J. Muitos adoram ser chupados, mas sempre fogem de fazer o mesmo conosco. Certa vez, há pouco tempo atrás inclusive, eu estava saindo com um moço por quem eu sentia um tesão imenso. Não sei de onde vinha aquilo. Ele não era o cara que mais tinha me dado tesão, no entanto era o cara por quem eu mais havia sentido tesão até o momento. E eu tenho 38 anos e já transei bastante... Eu cheguei achar que era um lance espiritual que rolava entre nós. Meu santo batia com o dele de uma forma louca... Então pra mim chupá-lo e ver o prazer que ele sentia era maravilhoso. E era maravilhoso não apenas sentir o tesão dele e perceber que eu era provavelmente a que melhor fizera isso nele, mas simplesmente chupá-lo era pra mim o grande prazer do meu gozo. Sem contar que eu achava o pau dele lindo – o restante do corpo nem tanto –, o tamanho ideal... Ele foi o primeiro e até agora único que eu pedia pra gozar na minha boca. Eu queria senti-lo inteiro dentro de mim, queria bebê-lo, engoli-lo, uma coisa louca. Mas ele, no machismo tacanho dele, deitava-se literalmente com os braços sob a cabeça, chamava a sua tigresa pra lhe sugar, se contorcia de prazer, mas qdo eu lhe pedia o mesmo ele dizia (você não vai acreditar): hein? Han? Tipo: é comigo? Pois é, o bonitão adorava ser sugado, mas não gostava – ou se mostrava mto preguiçoso – pra fazer o mesmo. Paralelamente a ele eu saía com outro cara. Um moço colombiano que fazia o melhor sexo oral do mundo! Aff... Uma vez ele me chupou tanto quando acordamos pela manha que me disse que a língua dele tava dormente. No entanto, continuava, continuava, continuava... até eu gozar, gozar, gozar. Uma loucura! Mas o cara tinha um pau super pequeno. Qdo ele me metia em algumas posições – e ele sabia fazer isso bem – eu adorava, mas eu sentia uma aflição imensa em pegar no pau dele... era pequeno demais... Mas como ele sabia compensar, o orgasmo com ele era certo. Eu perguntava pra ele se ele chupava assim todas as mulheres com quem ele trepava, que ele devia fazer isso, pq elas mereciam, que muitas mulheres mereciam passar pelas mãos, ou melhor, pela boca dele. Mas ele me olhava com um ar apaixonado e desapontado e dizia que fazia daquele comigo, porque eu o estimulava a ser daquele jeito. Ô meu deus... Bem, até que eu comecei a me sentir estimulada a retribuir as chupadas no pau dele. E aí ele quase ficou louco. Mais aí ele me escreveu uma carta de amor e eu não tava apaixonada por ele... Fiquei foi apaixonada pelo cretino que não me chupava... Bem, depois da carta (muito linda por sinal) eu vi que continuar aquela história com alguém que tava apaixonado por mim não era legal. Não acho que devemos ser levianos com os sentimentos das pessoas e resolvi cair fora. Pelo outro permaneci apaixonada por uns tempos, até que resolvemos nos afastar e tudo passou. Mas a questão dessa história toda (uma delas) é que realmente tamanho não é tudo. Um tinha um pau pequeno pra caralho (pra pouco caralho), talvez o que lhe obrigou a aprender a usar outras partes do corpo dele e a mexer em outras partes dos coros das mulheres com quem ele transava. Claro que eu percebia nele um gosto pela coisa, porque dava pra ver o prazer com que ele fazia tudo aquilo. Também seria foda pra ele, se além do pau pequeno não gostasse de fazer outras coisas... aí ele estaria lascado... O outro, por sua vez, talvez por achar que seu pau era tudo – como a grande parte dos homens – achava que só meter bastava. Tanto que preliminares com ele era mais raro... A desculpa (cretina) era que eu era mto gostosa e que ele não agüentava, tinha que me meter. Bem, o besta tinha ao lado dele uma mulher gostosa pra caralho, que lhe dava o maior tesão, mas para a qual ele não era capaz de retribuir e então ela adormecia nos seus braços apaixonada, mas insatisfeita sexualmente... Bem, histórias. Tudo acabou e agora já tem um moço novo que dorme comigo pelo menos umas quatro vezes por semana... Essa história, que tá muito boa por sinal, deixo pra outra vez...". 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Segredo - Javier Landini




     "De fora, viam-se as janelas escuras embaçadas como se inverno fosse, apesar de verão. Era meia-noite. À uma da matina continuavam como tais. Nenhuma luz interna, apenas movimentos, em duo sombreado, limitados pelo espaço. Dito espaço interno. Foi-se assim às duas e às três. Próximo das quatro, sem deixar a aurora florir, findam sobre quatro rodas malabarismos azeitados por suores e salivas.
    Vidro fumê embaçado é incógnita em dupla camada. Quem viu? Quem soube? Quem fez." 







Imagens do Google

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Apaixonite Aguda


Quando estou longe
Quero ficar perto
Quando estou perto
Quero ficar dentro
Quando estou dentro
Quero ficar mudo
Quando estou mudo
Quero dizer tudo.

(Itamar Assumpção)




Bate Papo com um leitor


Ele: _ Julietttttttt! O blog tá sem novidades, que houve?

Eu: _ Tô sem inspiração...

Ele: _ Eu te inspiro, te aspiro, cheiro, lambo, chupo e beijo

Eu: _ Hummmmm...

Ele: _ Qdo nos encontrarmos Juliet, vou (...)

Eu: _ A gente não vai se encontrar.

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Eu: _ Sou apenas projeção das fantasias das pessoas, das suas inclusive. Eu não existo.

Ele: _ Mas, quem te criou existe. Ela faz tudo que Juliet sabe fazer, não?

Eu: _ Num sei, teria que perguntar a ela.

____________________________


Eu: _ Então, você vai meter gostoso pra dentro qdo nos encontrarmos, é? Hummmmm... Gostei!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Trai meu marido com um pintor pintudo



Eu nunca entendi esta história de infidelidade masculina versus fidelidade feminina. Veja bem, é uma questão estatística. No último Censo existam 52% de mulheres e 48% de homens, ou seja, diferença mínima. Para ter sexo é necessário duas pessoas e como a população é equilibrada entre os sexos, a quantidade de infidelidade é igual entre ambos na média. Por que só agora descobrir que mulheres traem também?
Sou uma mulher cabeça aberta, mas nunca suportei um “relacionamento aberto”, em que as pessoas têm ciência das traições um do outro. Sei que isso parece depravação, mas prefiro mil vezes fazer sexo a três do que imaginar que o meu homem está na cama com outra, desfrutando de um prazer do qual não podemos compartilhar. Mais de um namorado se aproveitou dessa minha concessão e realizou a fantasia sexual da maioria dos homens, que é transar com duas mulheres ao mesmo tempo. Acho que o interessante é experimentar simultaneamente como é transar com alguém com quem temos vínculos de afeto e com outro até então desconhecido, ou neutro emocionalmente. Sou orgulhosa desse meu comportamento por ver nisso mais doação do que levianismo. O grande prazer que tenho é dar este prazer ao homem. Sem contar que tenho, no mínimo, precedente para pedir a ele que vá para cama comigo junto com outro cara. Se é para ser fantasia, não existe limite e eu posso tudo. Menos dizer que tenho certeza das traições do meu marido, porque combinamos que, acima de qualquer coisa, jamais seríamos inimigos, nem amigos.
Acho o fim estes casais que comentam experiências, ainda que sejam anteriores. Eu me sentiria como se fosse um amigo de boteco se o cara algum dia me contasse que saiu com uma profissa deliciosa! Há detalhes que são desnecessários dizer e indigestos de ouvir. Aliás, admiro muito meu marido por nunca ter deixado pistas de suas aventuras e, desde que ele não me deixe “na mão”, faço vistas grossas. Prefiro assim.
Dias atrás, uma amiga me contou que seu namorado confessou sair com outras mulheres de vez em quando, mas que nenhuma experiência foi à altura do que eles vivem na cama. Ela achou isso uma linda declaração de amor; eu fiquei chocada. Fosse eu, daria um tapa na cara do cachorro e nunca mais!
Em quase quinze anos de casamento, já trai meu companheiro algumas poucas vezes e só contei à minha terapeuta. Naturalmente, já convivi com sentimentos de culpa, afinal ele é tão dedicado à família, um pai carinhoso, um marido tão bom. Nunca sequer pude reclamar da nossa vida sexual, temos um entrosamento perfeito. Mas de uns tempos pra cá sinto que ele não tem dado conta de me satisfazer. Eu quero sexo uns cinco dias na semana e ele só tem me procurado (aliás, sempre achei que o linguajar popular se equivoca usando “procurar” em detrimento “de encontrar” para se referir ao interesse sexual de um para com o outro), enfim ele me encontra apenas uma ou duas vezes a cada dez dias. Calculo quantas trepadas perdemos este ano e deduzo que ele com certeza tem outra. E quem tem outra, tem outras! Ninguém pode trepar tão pouco! Li em “Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca” que uma mulher saudável precisa ter em média 1.700 parceiros sexuais durante a vida para desenvolver sua feminilidade intensamente, física e espiritualmente falando. Salvo o exagero, gostei da ideia de ter mais parceiros sexuais.
O problema é que moramos numa cidade pequena e eu temo muito, sobretudo pelos meus filhos, ser taxada de mulher sem vergonha por este bando de mulherzinhas pudicas. Aqui todo mundo sabe de tudo e não adianta muito ir até as cidades vizinhas, a fofoca sempre chega. Veja este exemplo assustador: uma amiga foi comprar roupas em Ribeirão Preto e a vendedora, ao saber que ela é daqui disse: “temos uma grande cliente desta cidade, a fulana”. A moça, sem dó nem piedade, completou: “uma que tem um marido loiro e um namorado moreno...”. Na festinha seguinte, regada a vinho espumante, enquanto as crianças brincavam com alegres monitoras e os maridos tomavam cerveja sentados numa mesa apartada, o caso foi anunciado em tom de peripécia. Dei risada como se tivesse ouvido uma piada pela segunda vez e fiquei só observando as reações das minhas amigas, excitadíssimas.
Havia nitidamente um peso moral nas falas, um julgamento acerca de algo pecaminoso. Observei que as mais pudicas são as que mais mordem os lábios enquanto escutam os detalhes da história que, a esta altura, já foi contada e recontada. E se chega outra mulher para se despedir é convidada a sentar e ouvir a última fofoca. Percebe-se que o prazer maior é comentar e ficar ali imaginando como devem ser as aventuras sexuais alheias. Todas da mesa conectadas ao mesmo assunto, e que delícia este assunto não ser culinária, escola, balé e férias. Mulheres adoram falar do sexo que praticam, mas amam saber o que as outras fazem ou não fazem.
Eu estava sozinha no apartamento, um calor apocalíptico, camisolinha de algodão, aspirador de pó ao invés de ventilador. Gosto das janelas sempre abertas, mas sou muito distraída. Quando nos mudamos para cá, filho bem pequeno, meu marido cantarolava com freqüência “ai como esta moça é descuidada, com a janela escancarada...” e eu, muito distraída que sou, demorei algum tempo para perceber que estava me mandando um recado. E quando eu perguntei se não tinha ciúmes de alguém me ver seminua ele me apertou: “fico lisonjeado de saberem que uma mulher dessa é só minha”.
Uns homens estão pintando todo o prédio, inclusive as janelas. De costas para a janela, limpando o sofá com o aspirado, fui atraída pela presença de uma outra pessoa praticamente levitando no meio da minha sala.
Dependurado por cordas e sentado em uma cadeirinha, como estas de rapel, era um rapaz de boné, capacete de proteção, botas sujas de tinta. Era evidente o volume do seu pênis apertado entre as cordas. Há quanto tempo estava ali me olhando? Fiquei meio abobalhada pensando nas palavras pintor pinto... pintor pinto... pintor pinto, como se os sons das palavras, feito mantras, me conduzissem a uma outra dimensão. Ele me olhava enfeitiçado, eu muito bronzeada e desprevenidamente seminua dentro da minha própria casa. Foi uma eternidade até que ele se desculpasse com palavras desconexas e eu sorrisse entre envergonhada e insinuante. Tentando tirar os olhos das minhas pernas, ele explicou que ia pintar a janela da sala e que eu precisaria fechá-la. Não sei explicar que poderosa força me dominou no instante em que decidi pedir que fechasse ele mesmo a janela, mas que antes descesse ao chão.
Como uma mãe de família encontra dentro de si a capacidade de contar o que depois se sucedeu? Não posso contar isso às minhas amigas, por isso escrevo neste blog, para não esquecer, para reviver cada detalhe, para gozar mais uma vez com a certeza de ser desejada sem antecipação e ou adiamento.
Ele não resistiu, se desprendeu e entrou na sala pela janela. Em seguida, a fechou. Veio em minha direção como um cão faminto, o pau quase estourando dentro da calça, e enfiou as mãos ásperas entre minhas coxas. Eu não demonstrei insegurança, ao contrário, levei sua mão até minha xaninha e a esfreguei. Sentindo-me toda molhada ele enfiou os dedos por baixo, levantando levemente meu quadril tamanha força de seus braços. Comecei a gemer e a rebolar em seus dedos, enquanto sentia sua outra mão em meus seios apertando-me com violência. Abri o zíper de sua calça jeans velha e seu pau enérgico quase voou em minha direção.
Não tive tempo nem chupá-lo como tanto desejava, pois o rapaz me virou de costas e foi logo dizendo: “você é uma putinha mesmo, uma putinha muito gostosa. Vive sem calcinha para ser fodida a qualquer hora, né, dona? Agora você vai ter o que merece”. Eu apoiei minhas mãos no sofá e empinei o quadril. Ele deu uma lambida longa desde a minha xaninha até meu traseiro e, como por instinto, deslizou para dentro de mim seu pau grande, quente e duro. Minha excitação era tanta que com poucas bombadas bem dadas senti vindo o primeiro orgasmo, e gemi alto.
Ele continuou a socar em mim num ritmo intenso, apertando com as mãos meus seios. Eu esfregava meu clitóris com uma mão e empinava a bunda para sentir aquela pica deliciosa me preenchendo bem no fundo. Assim, gozei mais uma vez a tempo de ouvir meu pintor lindo dizer que queria esporrar na minha cara. 
Ajoelhei-me e comecei a lamber suas bolas; ele batendo punheta rapidamente, estremecendo-se à minha frente. Quando vi que ele ia ejacular, abocanhei a cabeça do seu cacete e chupei com vontade. Sua porra escorreu abundante por entre meus dentes, lábios, queixo e pescoço e me senti meio envergonhada, meio triste, meio insípida, insignificante e tola. Senti-me, sobretudo, miseravelmente infeliz numa cidadezinha provinciana. Ele beijou-me a boca, forçando a língua contra a minha e disse, antes de sair pelo mesmo lugar que entrou: "agora vou terminar de pintar a janela da sala, mas amanhã pintarei as dos quartos e quero você de novo, todinha nua, me esperando". Lançou sobre mim um olhar apaixonado e doce, um olhar cheio de promessas de prazer. Eu, porém, sou covarde e previ nisso um perigo grande. Nos dias seguintes, deixei as janelas fechadas. Fui a vários médicos, massagista, dentista, visitei parente, voltei pra academia, fiz compras desnecessárias e quase não fiquei em casa. 




"Ela estava em Paris quando tinham enforcado um radical russo que havia assassinado um diplomata. Morava em Montparnasse, frequentando os cafés, e seguira o julgamento apaixonadamente, como todos os seus amigos, porque o homem era um fanático, dera respostas dostoievskianas às perguntas que lhe fizeram e a tudo enfrentara com grande coragem religiosa.
Naquele tempo, ainda se executavam as pessoas que tivessem cometido crimes mais graves. A execução, geralmente, tinha lugar de madrugada,quando não havia ninguém nas ruas, em uma pracinha perto da prisão da Santé, onde ficara a guilhotina no tempo da Revolução. E não se poderia chegar perto demais, por causa da polícia. Poucas pessoas assistiam a esses enforcamentos. Mas, no caso do russo, com tantas emoções agitadas, todos os estudantes e artistas de Montparnasse, os jovens agitadores e revolucionários, decidiram assistir. Ficaram acordados a noite toda, bebendo.
Ela esperara com eles,embebedara-se com eles e ficara em um estado de grande excitação e medo.Era a primeira vez que ia ver alguém sendo enforcado.Era a primeira vez que ia testemunhar uma cena repetida tantas e tantas vezes durante a Revolução.
Com a chegada da madrugada, a multidão deslocou-se para a praça e se colocou em um círculo, o mais perto do partíbulo que o cordão de isolamento sustentado pela polícia permitiu. Ela foi empurrada até um ponto que ficava apenas a dez metros do local do enforcamento.
E lá ficou, comprimida de encontro à corda da polícia, observando com fascinação e terror. Logo um movimento daquele povo todo a deslocou de onde estava, mas, mesmo assim, continuou podendo ver, na ponta dos pés. As outras pessoas a esmagavam de todos os lados. O prisioneiro foi trazido com os olhos vendados. O carrasco ergueu-se, à espera. Dois policiais seguraram o homem e, lentamente, conduziram-no pelos degraus da escada.
Naquele momento, ela percebeu que alguém a apertava bem mais que o necessário. Excitada e trêmula como estava, aquela pressão não era desagradável. Seu corpo ardia em febre. De qualquer modo, dificilmente conseguiria se mover. Estava de blusa branca e com uma saia que abotoava de lado, como era moda então - uma saia curta e uma blusa através da qual se podia ver que sua roupa de baixo era cor-de-rosa e se podia adivinhar o formato dos seus seios.
Duas mãos a envolveram pela cintura e ela pôde sentir distintamente o corpo de um homem, o desejo dele duro de encontro às suas nádegas. Conteve a respiração. Seus olhos estavam fitos no homem que estava por ser enforcado, o que lhe tornava o corpo dolorosamente nervoso. Ao mesmo tempo, as mãos alcançaram os seus seios e os apertaram.
As sensações conflitantes que a invadiram deixaram-na tonta. Não se moveu,nem virou a cabeça.Os botões de sua saia foram descobertos por uma curiosa mão.E cada botão desabotoado fazia com que suspirasse ao mesmo tempo de medo e alívio. A mão esperava para ver se ela protestava,antes de prosseguir em sua tarefa. Ela não se moveu.
Depois, com uma destreza e uma rapidez que não esperara, as duas mãos giraram sua saia de modo a fazer com que a abertura ficasse voltada para trás. Imprensada no meio da multidão, tudo o que pôde sentir foi um pênis sendo lentamente enfiado pela abertura de sua saia.
Os olhos dela permaneceram fixos no homem que ia subindo as escadas do patíbulo e, a cada batida do seu coração, o pênis avançava um pouco. Passou pela saia e deu um jeito de se introduzir por dentro das calcinhas. Como era quente, firme e duro de encontro à sua carne! O condenado foi detido em cima do cadafalso e a corda foi passada em seu pescoço. O sofrimento por observar aquilo era tão grande que transformava aquele contato em algo humano, cálido, reconfortante, um verdadeiro consolo. Aquele pênis latejante entre as suas nádegas lhe parecia uma coisa maravilhosa em que se podia amparar, um símbolo de vida, enquanto a morte se desenrolava à sua frente...
Sem dizer uma palavra, o russo inclinou a cabeça para acomodar o laço. O corpo dela tremia. O pênis avançou por entre as dobras macias de suas nádegas, abrindo inexoravelmente o caminho por dentro de sua carne.
Ela palpitava de medo, e era como um tremor de desejo. Quando o condenado foi lançado no espaço e na morte, o pênis deu um grande salto para dentro dela, despejando os jatos de sua vida quente.
A multidão esmagou o homem de encontro a ela, que quase não podia respirar. Quando seu medo se transformou em prazer, no selvagem prazer de sentir a vida enquanto um homem estava morrendo, ela desmaiou.

(Anaïs Nin - A Mulher da Duna; Pequenos Pássaros)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Ele gosta de mulheres com falo no meio das falas 

com palavras que pingam e frases que entram rasgando

ele gosta de mulheres que fodem com as regras de gramática

que comem letras quando estão gozando...


segunda-feira, 1 de abril de 2013


"Ela não podia esperar. Tinha que voltar correndo para ele, como antigamente. Toda molhada do amor que fez com outros homens".

(Anaïs Nin - Pequenos Pássaros)

Essas mulheres...



"Fosse como fosse, todo o corpo de Bijou era guiado apenas pelo erotismo, por um gênio que expunha todas as expressões do desejo. Posso lhe dizer que era indecente. Era como fazer amor com ela em público, em um café, na rua, diante de todo mundo.

                                                      

As mulheres que são totalmente sexuais, com o reflexo do utero em seus seus rostos, que despertam no homem o desejo de penetrá-las imediatamente; as mulheres cujas roupas são apenas um recurso para tornar mais proemimentes certos pedaços do seu corpo, como mulheres que usamvam anquinhas para exagerar o traseiro, ou as que usavam corpetes para lançar os seios para fora das roupas; as mulheres que atiram o seu sexo em cima de nós, a partir do cabelo, olhos, nariz, boca, o corpo todo - são essas as mulheres a quem amo. (Anaïs Nin - Pequenos Pássaros)

Mais ais...



             Excitação maior que despi-la? É livrá-la do óculo. Mais nua de estar sem óculo que sem roupa. (Dalton Trevisan)

Teu Cu - Javier Landini


Buraco negro de duras amarras
como um diafragma para mim pisca
e suplica uma enterrada

Seco e com sede
recebe beijo cuspe
toque massagem bolinagem

Com calma, cuidado e tesão
primeiro ao dedo cede
depois ao pau grosso concede

A pequena funda se dilata
a dor rasga e lateja
Mas um prazer doído
logo sucede
e assim permanece

Nele monto me equilibro deslizo
Ponho tiro enfio
Enterro arregaço machuco
Suo canso tiro

E você sente um vazio

Sem descanso
outra vez suplica
empina o rabo
e com as mãos o arreganha

Sem esforço
minha pica tesa reenche
teu cu de prazer doído
e de alegria abundante.


(Javier Landini é crítico literário, compositor, pesquisador científico e poeta, um dos mais venerados homens de sua época. Considerado o melhor e maior expoente da poesia erótico-amorosa escrita em Língua Portuguesa, foi indicado para o Prêmio Bundamor por três anos consecutivos)